A Busca

Ontem mesmo eu estava ali sentado sonhando com um mundo distante, um futuro distante. Sem perceber me aproximei cada vez mais dos meus sonhos; sem perceber acabei por chegar onde meu pensamentos me levaram.

Quando cheguei, me vi cercado de maquinas frias e pessoas também frias. Quando cheguei, vi que o sonho não era sonho, vi que a vida não era vida, lá tão distante. Por diversas vezes voltei, e voltei a retornar. Por diversas vezes chorei e voltei a sonhar.

Conheci pessoas importantes que sempre dizem a mesma coisa e conheci pessoas comuns que dizem coisas extraordinárias. Visitei lugares exóticos cheios de gente comum e visitei lugares fantásticos, mas cheios de burocratas cercados de cerimônia e dificuldades.

Inexplicavelmente, o que eu buscava estava sempre comigo. O que eu queria estava sempre tão perto. Quando finalmente voltei senti que havia encontrado o que eu tanto buscava. E as respostas, não estavam em terras distantes, nem com as pessoas frias. E afinal, a verdade nem era tão complicada quanto eu pensava.

E agora, de volta ao lar, no mundo próximo e além do futuro distante, descobri que aqui o céu e mais azul e que aqui também se pode sonhar. Paradoxalmente as pessoas frias me fizeram amar ainda mais e a tão complicada técnica me ensinou a ver as coisas simples.

Aprendi que a simplicidade esta impregnada de complexidade, mas que a complexidade pode sempre ser traduzida de maneira simples. Aprendi que existe um universo num grão de areia e que existe uma eternidade em um segundo.

Sonhar me trouxe de volta pra casa, sonhar me fez retornar. E hoje estou aqui, na melhor parte do mundo, mas continuo sonhando...


Itajaí, 29/08/2007


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