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Mostrando postagens de 2009

Amanhã

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Amanhã, quando te encontrar o sol, amanhã, quando não tivermos a certeza... E se o amanhecer não for alegre, estarei pensando em ti. Amanhã, quando teus olhos se abrirem, quando sentires o primeiro raio de sol, quando ouvires o primeiro som, estarei longe, mas ao mesmo tempo tão perto... Amanhã, ainda que esteja frio, vou estar contigo. De manhã, quero ouvir a tua voz. Meu coração é só teu e ele bate por ti. E não existem explicações para o amor... Amanhã, quando escutares tua canção preferida, eu estarei contigo, ainda que distante. Amanhã, quando o amor for a certeza, estarei ao teu lado e serei teu... Um dia, quando ouvirmos todas as canções, e afastarmos todos os problemas, restará o sol, o mar, eu e você; e estarei contigo... Amanhã, quando o sol se pôr, virão as estrelas e a poesia. Amanhã, quando você ler este poema, estarei pensando em ti... Rio Grande, 2009

Cidade Velha

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Na beira do cais, entre barcos e navios, sopra o vento frio do sul.  Entre Caixotes, redes de pesca, os homens simples transportam de tudo, com o vento frio a ressecar suas faxes já envelhecidas.  Do outro lado da rua, o casario é velho, histórico e remetem ao tempo em que foram gloriosos.  As velhas casas contrastam com os automóveis de cores vivas que passam apressados.  O céu é cinza, plúmbeo, mas às vezes é azul. No verão o vento, que vem do sul dá lugar ao calor e nem mesmo as águas refrescam a cidade.  E as águas são muitas, infinitas.  Das águas tiram o sustento os homens velhos, com suas redes também velhas. Do outro lado das águas as fábricas estrangeiras e ricas poluem o ar e a água da gente pobre.  A gente rica anda de jatos e helicópteros.  A gente pobre anda de barco a remo e em carros puxados por animais moribundos. No mesmo cais se compra o peixe e tudo se negocia.  Até mesmo as putas pobres vendem seus corpos repugnantes.  Ao lado delas estão os v