A Saudade é Branca


Faz um ano que você partiu. E naquele dia de tanta tristeza, encontramos conforto entre os nossos. Não houve desespero, apenas tristeza. Hoje não há revolta, apenas saudade. E aqui, tão longe de casa, me pego às vezes a olhar para o céu sozinho. E cada estrela que brilha branca no céu me faz lembrar de você: Alba!

Cada estrela é também um sonho, uma esperança. E eu lembro que você nos ensinou a sonhar e a acreditar...sempre! E quando estou sozinho, escutando as musicas que você gostava, lembro sorrindo do seu sorriso das músicas que você tocava. E cada nota, cada melodia, me faz lembrar de doces momentos. Cada nota é também uma lembrança e cada melodia me embala num doce passeio pelo universo de coisas boas que vivemos juntos.

Quando estou junto ao mar, perto da praia que você gostava, o cheiro e a brisa me transportam para um tempo que passou, mas que estará sempre comigo. Pois quando se ama não existe o tempo e cada momento é eterno. E cada vez que estou triste, lembrar de você me renova e me faz lembrar com carinho dos problemas ainda maiores que você superou.

Desde a sua partida restou a saudade. Das tardes na praia, junto ao mar, surgiram as canções que contam a nossa historia. Dos verões quentes sobraram muitas lembranças, pequenos momentos que ficarão para sempre. Mas certamente existirão outros verões, iluminados pelas mesmas estrelas que agora vejo no céu. E certamente haverá um violão e também outras canções que contarão a história do resto das nossas vidas. 

De tudo isso que vivemos juntos restou a saudade. Dizem que os sentimentos não têm cor, mas a saudade e branca, Alba!


Baltimore, EUA, 2007



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