Cidade Velha

Na beira do cais, entre barcos e navios, sopra o vento frio do sul. Entre Caixotes, redes de pesca, os homens simples transportam de tudo, com o vento frio a ressecar suas faxes já envelhecidas. Do outro lado da rua, o casario é velho, histórico e remetem ao tempo em que foram gloriosos. As velhas casas contrastam com os automóveis de cores vivas que passam apressados. O céu é cinza, plúmbeo, mas às vezes é azul. No verão o vento, que vem do sul dá lugar ao calor e nem mesmo as águas refrescam a cidade. E as águas são muitas, infinitas. Das águas tiram o sustento os homens velhos, com suas redes também velhas. Do outro lado das águas as fábricas estrangeiras e ricas poluem o ar e a água da gente pobre. A gente rica anda de jatos e helicópteros. A gente pobre anda de barco a remo e em carros puxados por animais moribundos. No mesmo cais se compra o peixe e tudo se negocia. Até mesmo as putas pobres vendem seus cor...